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O que as tragédias no Rio Grande do Sul e em Mimoso do Sul ensinam sobre planejamento urbano e adaptação às mudanças climáticas das cidades

Por Rhadson Monteiro | As recentes catástrofes ambientais no Rio Grande do Sul e em Mimoso do Sul não só devastaram comunidades, mas também expam as falhas críticas em nosso planejamento urbano e gestão de crises. As enchentes, que deixaram um rastro de destruição e morte, são um alerta sombrio de que é necessário repensar urgentemente como construímos e mantemos nossas cidades frente às mudanças climáticas.

Em Porto Alegre, o sistema anti-inundação, originado na década de 1970 em resposta às grandes enchentes de 1941 e 1967, foi projetado para controlar as enchentes por meio de comportas e bombas nos rios Guaíba e Gravataí. Apesar disso, um relatório recém divulgado pela Defesa Civil do município aponta que a eficácia do sistema tem sido comprometida pela deterioração e falta de atualizações tecnológicas, com falhas críticas como o fechamento inadequado das comportas e a subdimensionação das bombas. Esses problemas têm impedido que o sistema e o volume de chuvas intensas recentes, resultando em inundações significativas na área urbana.

A gestão municipal tem sido especialmente negligente, não alocando investimentos necessários para a manutenção e modernização da infraestrutura, o que deixou a cidade vulnerável a desastres que poderiam ter sido mitigados. A falta de ação preventiva reflete não apenas uma gestão deficiente dos recursos públicos, mas também uma falha grave em garantir a segurança dos cidadãos diante de eventos climáticos extremos e previsíveis.

As recentes catástrofes ambientais no Rio Grande do Sul e em Mimoso do Sul não só devastaram comunidades, mas também expam as falhas críticas em nosso planejamento urbano e gestão de crises.

Similarmente, em Mimoso do Sul, uma tragédia prevista há muito tempo finalmente ocorreu, sublinhando sérias falhas na prevenção e gestão de riscos. Pesquisadores já haviam alertado sobre o potencial de grandes inundações, mas suas advertências foram tragicamente ignoradas. Resultado disso foi a perda de mais de 20 vidas e danos significativos à infraestrutura urbana.

Segundo reportagem de “A Gazeta”, desde 2014 o governo do Estado alertava sobre os riscos e a urgente necessidade de adotar medidas preventivas. Essas medidas estavam detalhadas no Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR), criado pela Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) entre 2013 e 2014, após uma série de inundações ocorridas entre 2005 e 2010. O plano delineava soluções cruciais para mitigar enchentes em áreas de risco e prevenir deslizamentos de terra. Apesar disso, a istração municipal não tomou nenhuma das providências recomendadas, demonstrando uma falha significativa no compromisso com a segurança dos cidadãos e a integridade da cidade.

A Importância de um Planejamento Urbano Adaptativo

Estas catástrofes sublinham a necessidade de um plano diretor que incorpore a resiliência climática como um pilar central, não apenas como uma reflexão pós-desastre. É crucial que as cidades respeitem as áreas protegidas e proíbam construções em locais de alto risco, como entornos de corpos hídricos e áreas conhecidas por seu potencial de alagamento.
Da mesma forma, os exemplos internacionais oferecem lições valiosas sobre como a infraestrutura verde pode mitigar esses desafios. Na Dinamarca e na Holanda, por exemplo, os parques de alagamento e sistemas de canais não só gerenciam as águas excessivas de maneira eficaz, mas também adicionam valor estético e funcional às áreas urbanas.

A China, com seu conceito de “cidades-esponja”, exemplifica uma inovação urbanística que alia desenvolvimento e sustentabilidade ambiental. Essas cidades integram infraestruturas projetadas para absorver e reutilizar a água da chuva. Isso é alcançado através de superfícies permeáveis, como calçadas e praças, que permitem a infiltração da água no solo, reduzindo o escoamento superficial que contribui para as enchentes. Além disso, áreas verdes e jardins de chuva são desenvolvidos para aumentar a capacidade de absorção de água e sua purificação antes de retornar ao sistema de drenagem ou ao meio ambiente.

Um dos aspectos centrais desse conceito é a biorretenção, que utiliza valas e jardins construídos especificamente para reter água temporariamente e filtrá-la de volta ao solo. Também são criadas áreas úmidas dentro dos limites urbanos, funcionando como grandes esponjas naturais, e infraestruturas como tanques e reservatórios para armazenar o excedente de água da chuva, que posteriormente pode ser usada para irrigação ou outras necessidades urbanas durante períodos de seca.

Segundo reportagem do “o Globo”, a implementação de cidades-esponja na China tem mostrado resultados significativos. Em Pequim, por exemplo, quase seis mil projetos dessa política foram completados, e áreas que funcionam como cidades-esponja já abrangem mais de 35% do distrito urbano, absorvendo e utilizando localmente cerca de 85% da precipitação de chuva.

A aplicação dessas estratégias em cidades brasileiras poderia mitigar os problemas recorrentes de enchentes urbanas. Adotar um planejamento que incorpore essas técnicas inovadoras, adaptando-as às especificidades locais, como já se vê em alguns parques urbanos no Brasil que funcionam como áreas de amortecimento para águas pluviais, não apenas reduziria os impactos das enchentes, mas também contribuiria para a criação de espaços urbanos mais verdes e sustentáveis.

Repensando o Urbanismo no Espírito Santo e Além

É crucial que as cidades brasileiras, particularmente as do Espírito Santo, adotem estratégias semelhantes às cidades-esponja para lidar com os desafios das mudanças climáticas. A integração de áreas verdes e infraestruturas que facilitam a drenagem natural é fundamental para aumentar a segurança e resiliência frente aos eventos climáticos extremos.

Guarapari serve como um exemplo negativo da falta de planejamento em políticas ambientais. Enquanto a construção civil avança sobre áreas costeiras e a prefeitura aumenta as áreas asfaltadas, há pouca implementação de parques e áreas verdes que poderiam funcionar como sistemas de absorção e permeabilidade para as chuvas. Além disso, não há investimentos significativos em bombas de drenagem ou em novas galerias pluviais.

O resultado é a formação de pontos rotineiros de alagamentos nos bairros e mesmo na orla da praia durante as chuvas, com a água incapaz de infiltrar-se no solo.
Vila Velha por sua vez tem tentado implementar sistemas de bombeamento, especialmente em áreas próximas ao mar e as pontes para mitigar as enchentes recorrentes a anos, mas esses esforços ainda são insuficientes. Os transbordamentos dos canais de esgoto e alagamentos em diversos bairros ilustram a negligência do poder público municipal em planejar eficazmente contra enchentes.

Rhadson Monteiro é Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela associação Plena em Rede PRODEMA (UFPI, UFC, UFRN, UFPB, UFPE, UFS, UESC). Doutorando em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Graduado em Direito e em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Jurista e Professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), membro pesquisador dos grupos “Direito Ambiental e Ecologia Política na Sociedade de Risco” (UFSC)

O fato é que as mudanças climáticas são uma realidade inegável, e com a previsão de eventos climáticos extremos se tornando mais frequentes, os municípios precisam se preparar melhor, alocando recursos adequados e desenvolvendo planos concretos para mitigar esses impactos.

Em resumo, as tragédias no Rio Grande do Sul e em Mimoso do Sul não devem ser vistas apenas como eventos isolados, mas como um chamado urgente para a revisão e adaptação de nossas práticas de planejamento urbano. Adotar um enfoque mais integrado e sustentável é o único caminho viável para proteger nossas cidades e seus habitantes das inevitáveis mudanças do clima global.

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