Por Anderson Arpini | A população de Guarapari inicia a semana com muito entusiasmo, isso porque o prefeito Edson Magalhães tem apenas mais 30 dias, a contar desta segunda-feira (02), para deixar o cargo.
Obras. O aviso prévio é a notificação de uma sociedade que deseja encerrar o contrato de trabalho com o atual prefeito. Edson tem 30 dias remanescentes de trabalho para entregar o Hemocentro, o Centro Municipal de Fisioterapia, o Centro Oftalmológico para a realização de cirurgias de catarata, o teleférico e a rampa de voo livre, o parque de exposições para sediar eventos, o mercado de artesanato, a escola agrícola, a revitalização da orla de Meaípe, o Programa de Moradia Popular, a construção de ciclovias, a nova ponte de Guarapari, o novo aeroporto, instituir o torneio de pesca oceânica e de Vela, e a nova sede da Prefeitura.

Prometeu. Tais promessas foram pactuadas com a população nas eleições de 2016. Além das promessas não cumpridas de 2016, em 2020 o contratado que acaba de ser demitido prometeu ao povo da cidade o novo Mercado de Peixe, novamente o novo Aeroporto, novamente a Orla de Meaípe, mais uma vez a nova ponte que ligará os bairros Olaria e Itapebussú, o Centro Turístico e Cultural no final da Praia do Morro, o CEMEI Aeroporto, o CEMEI Fátima Cidade Jardim e o Festival gastronômico de Meaipe.
Decidiu nas urnas a sua demissão. Por não confiar mais em sua palavra é que a população decidiu nas urnas a sua demissão. Difícil é não dar uma justa causa diante de tantos compromissos não cumpridos, diante de tantos acordos quebrados para com a população da cidade. Como se não bastasse todos esses desaforos, o futuro ex-prefeito não cumpriu a maior de suas promessas: Um hospital que atendesse prontamente a população da cidade.
Inaugurou às pressas e de qualquer jeito o Hospital. Edson para ludibriar e tentar mais uma vez se manter à frente da cidade a todo e qualquer custo, inaugurou às pressas e de qualquer jeito o Hospital Dr. Luiz Buaiz. Jogou nas costas do Governo do Estado uma unidade para se tornar um hospital de regulação, ao invés de entregar para o povo de Guarapari, um hospital de atendimento. Mesmo com uma bela estrutura hospitalar, a população ao precisar de socorro, continua recorrendo à UPA e sendo transferida para hospitais da grande Vitória, ou seja, o hospital prometido não foi entregue.
Completamente abandonada. Ampliando a frustração, transitar pela cidade é constatar que Guarapari não possui um gestor, que está completamente abandonada. Pessoas em situação de rua espalhadas pelas praças e calçadas, praças e canteiros sem qualquer manutenção, trânsito caótico causando vítimas todos os dias, praias sujas e sem qualquer ordenamento, ou seja, a cidade está completamente abandonada, exceto onde o prefeito fez o seu maior plantio de laranjas, Bueinos Aires.
Enorme desafio. O próximo prefeito Rodrigo Borges enfrentará o enorme desafio para transformar a cidade de Guarapari em uma cidade próspera, alegre e ordenada, como prometido. O prefeito terá que contar com líderes comprometidos em tempo integral para ter êxito na missão de tirar Guarapari do abismo que Edson a colocou.
Guarapari vive um apagar das luzes de muitos crimes, desde aplicações absurdas de recursos públicos ao desmatamento ambiental que acontece sem qualquer pudor. A população de Guarapari notifica hoje o Sr. Edson Figueiredo Magalhães a cumprir o seu aviso prévio e no dia 1° de janeiro de 2026, às 0h, cada fogo de artifício será um grito de liberdade de um povo que se aprisionou no maior estelionato político que a cidade já viveu.

Anderson Tadeu Varalo Arpini, natural de Guarapari, tradutor, servidor público, formado em Gestão Pública e pós-graduando em Gestão de Cidades Inteligentes. Trabalhou em multinacionais de Petróleo e Gás, no Governo do Estado de Minas Gerais, Prefeitura Municipal de Guarapari, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e atualmente é servidor público efetivo da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. Arpini apresenta o Podcast Analisando Guarapari e é um entusiasta em análise política e eleitoral.